sábado, 19 de dezembro de 2009

Dancemos

Eu, um simples coadjuvante da vida considera-a como sendo uma eterna dança e que durante esta trocamos de par, ritmo, estilo, técnica. De vez em quando até os melhor dançarinos, daqueles mais técnicos que enxáguam nossos leigos olhos de água, sofrem quedas sérias ou não e basta somente a eles e à sua família dar-lo a mão para que ele volte a deslumbrar outros dançarinos com sua técnica.




Ás vezes passamos por fases na vida em que queremos mais é aproveitá-la com tudo o que ela nos oferece sem nos preocuparmos com futuras conseqüências de nossos atos, um carpe diem de vida. Por isso dancemos junto um Mambo, um samba, algo animado para deslumbrarmos desse que é muitas vezes um momento único. Lesões causadas por essa inconseqüente dança são comuns, mas na maioria das vezes as cortinas não se abaixam definitivamente e esses dançarinos voltam ao palco e continuam suas carreiras, brilhantes ou não.



Inúmeras vezes nos sentimos muito confusos em relação a nós e a algo que temos que decidir e isso nos monopoliza totalmente a mente e nos faz cada vez mais alheios a tudo. Por isso dancemos algo maior que apenas um estilo, dancemos também um estilo de vida (que nas existe mais), ou seja, a discoteca.



Na vida profissional temos épocas que estamos no topo de tudo, produzindo muito, sendo elogiados, ganhando mais e até sendo promovidos. Por esse momento dancemos um Ballet Clássico, que é muito técnico, belo e muito conhecido por todos.



Muitas vezes nos sentimos um pouco tristes sem motivos, desmotivados a fazer qualquer coisa e nada consegue te colocar para cima, nem uma paixão, nem se seu time foi campeão, nada.Também segundo essa pessoa tudo conspira contra ela, tudo e todos querem que essa pessoa esteja em péssimos lençóis.Por esse certo sentimento trágico e até certo modo Romântico dancemos um Bolero, um Passo Doble, danças sensuais com um “quê” de tragédia.



Na vida de todos nós temos momentos em que recebemos grandes baques que nos derrubam, nos deixam mal, desmotivados, pois bem momentos trágicos e tristes. Esses momentos mesmo sendo tristes não são desnecessários, pois apenas com esses momentos conseguimos amadurecer, descobrir o que é correto fazer para nossa vida, ou seja, evoluir espiritualmente como seres humanos. Por isso dancemos um Tango, umas das danças mais difíceis, tristes e trágicas existentes e que apenas os melhores dançarinos conseguem expressar tudo o que nela está contida.



Por isso tratemos de nossas vidas como se fossemos belos dançarinos e que temos que dançar durante nossa carreira, dançar divinamente, dançar com classe até que chegue o dia de deixarmos o palco para outros poderem dançar em nosso lugar.

Um comentário:

  1. Estou entre o Bolero e a Discoteca. Mas qual o objetivo? Serão sempre os dançarinos principais que dominarão a pista, o resto ficará preso nas paredes suadas. Apesar disso, não nos desmotivamos, não paramos a dança. E, lenta e súbitamente, meus pés passaram a doer. Dancemos, mesmo assim.

    Fernanda Montag.

    ResponderExcluir